Angelina Soares
Angelina Soares | |
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Nascimento | 1901 Santos |
Morte | 10 de abril de 1985 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | escritora, jornalista |
Ideologia política | anarquismo |
Maria Angelina Soares (Santos, 1901 – Rio de Janeiro, 10 de abril de 1985) foi uma escritora anarquista feminista brasileira durante o século XX. Trabalhou em jornais anarquistas, tais como A Lanterna, El Libertario, Voz da União, A Plebe e A Voz dos Garçons.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Maria Angelina Soares nasceu em 8 de julho de 1901, na cidade paulista de Santos. Era filha de imigrantes espanhóis de Oviedo, José Soares e Paula Arias, que tiveram mais três filhas Maria Antônia Soares, Matilde Soares e Pilar Soares, além do filho Manuel Soares.[2]
Viveu em Santos de 1910 até 1914 com sua família, e lá conheceu o anarquismo por influência de seu meio-irmão Florentino de Carvalho (Primitivo Raimundo Soares) e pela mãe Paula Arias.[3] Foi bordadeira de profissão.
Em 1914, voltou a São Paulo, indo viver na Rua Bresser, no bairro do Brás, participando ativamente das organizações anarquistas. Primeiro, ajudou seu irmão a produzir e distribuir o periódico Germinal-La Barricata, publicado em português e em italiano, e, depois, como professora nas escolas modernas à época localizadas na avenida Celso Garcia e na rua do Oriente.
Seu primeiro artigo para imprensa anarquista intitulava-se "A Guerra" e foi publicado no periódico A Lanterna, editorado por Edgard Leuenroth. Depois, colaborou com o jornal Voz da União, produzido por Souza Passos, para o periódico A Voz dos Garçons, editorado por Nicolau Parada, mais tarde morto no campo de concentração do Oiapoque. Escreveu também para A Plebe, para a revista Phrometeu, editada por seu sobrinho Arsênio Palacio, e para O Libertário, publicado por Pedro Catalo na década de 1960.
Em São Paulo, Angelina ajudou a fundar e administrar por algum tempo o Centro Feminino de Educação, antecipando-se no tempo e nas ideias mais de meio século às feministas dos nossos dias.
Em 1923, a família Soares viajou ao Rio de Janeiro estabelecendo sua residência na rua Maria José, no bairro da Penha. No Rio, Angelina e suas irmãs Matilde, Antônia e Pilar formaram o Grupo Renovação e Música. Angelina Soares morreu no Rio de Janeiro em 1985.[4]
Referências
- ↑ «Emma Goldman's Women Continued». University of Hawai‘i at Mānoa, Department of Political Science. Consultado em 24 de maio de 2015
- ↑ Ludmila, Aline [et. all] (2021). Unidas nos lancemos na luta: o legado anarquista de Maria A. Soares. São Paulo: Tenda de Livros. p. 185
- ↑ «LIBERTARIAS» (em espanhol). Nodo50. Consultado em 27 de junho de 2024. Arquivado do original em 27 de março de 2019
- ↑ «Maria Angelina Soares». Consultado em 13 de maio de 2016