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Count Basie

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Count Basie
Count Basie
Basie em 1955
Informações gerais
Nome completo William "Count" Basie
Nascimento 21 de agosto de 1904
Local de nascimento Red Bank, Nova Jérsei, Estados Unidos
Estados Unidos
Morte 26 de abril de 1984 (79 anos)
Local de morte Hollywood, Flórida, Estados Unidos
Nacionalidade norte-americana
Gênero(s) Swing, Big band, jazz e blues
Ocupação compositor e pianista
Instrumento(s) Piano, Órgão e bateria
Período em atividade 1924 - 1984
Afiliação(ões) Count Basie Orchestra

William James "Count" Basie (Red Bank, 21 de agosto de 1904Hollywood, 26 de abril de 1984) foi um pianista, organista, compositor e regente (bandleader) estadunidense.

Em 1935, Basie formou sua própria orquestra de jazz, a Count Basie Orchestra. Em 1936, a banda se estabeleceu em Chicago para sua primeira gravação. Basie foi o líder do grupo por quase 50 anos, criando inovações como o uso de dois saxofonistas "split", enfatizando a seção de ritmo, tocando com uma grande banda, usando arranjadores para ampliar seu som e entre outras. Muitos músicos proeminentes trabalharam sob sua direção, incluindo os saxofonistas Lester Young e Herschel Evans, o guitarrista Freddie Green, os trompetistas Buck Clayton e Harry Edison, e os cantores Jimmy Rushing, Helen Humes, Thelma Carpenter e Joe Williams.[1]

Foi autor de temas, como "One o'clock Jump" e "Jumpin' at the Woodside" que foram interpretados, respectivamente, por Duke Ellington e Benny Goodman e suas orquestras. Foi chamado de "Count" (Conde em português), devido sua importância na era do Swing, junto com Benny Goodman (Rei), Duke Ellington (Duque), Lester Young (Presidente) e Billie Holliday (Dama).[2]

Em 1958, Basie se tornou o primeiro negro a ganhar um Grammy Award.[3]

William Basie nasceu em Red Bank, Nova Jérsei, em 1904. Era filho de Lillian and Harvey Lee Basie. Seu pai trabalhava como cocheiro e zelador de um juiz rico. Com a substituição dos cavalos e carruagens por veículos automotivos, seu pai se tornou jardineiro e "faz-tudo" de várias famílias ricas da região. Seus pais eram amantes da música. Enquanto Harvey tocava melofone, sua mãe tocava piano, tendo sido a primeira professora do filho. Lillian lavava roupas e vendia bolos para ajudar nas despesas da casa.[1]

Basie foi para a escola, onde se tornou o melhor aluno. Tinha o sonho de viajar o mundo, inspirado pelas festas e circos itinerantes que chegavam à cidade. Boa parte de sua infância, porém ele passou em Red Bank, cantando no coral onde ganhou entrada livre por suas performances. Logo ele aprendeu a improvisar canções que tocavam entre os atos do cinema mudo.[1]

Ainda que tocasse piano muito bem, seu instrumento preferido era a bateria, mas ele se sentiu desencorajado a continuar na bateria por talentos como Sonny Greer, também de Red Bank e que se tornou o baterista de Duke Ellington em 1919. Assim, ele continuou no piano e passou a tocá-lo exclusivamente a partir dos 15 anos. Greer e Basie tocaram juntos muito antes de Basie começar sua carreira. Na época, Basie tocava em bailes, shows amadores, hotéis e festas.[1]

Em 1920, Basie foi para o Harlem, o centro cultural do jazz, indo morar a menos de um quarteirão do The Harlem Alhambra, local onde muitas celebridades do jazz e do blues se apresentaram, como Billie Holiday. Logo após sua chegada, encontrou Sonny Greer, que já era o baterista dos Washingtonians, a primeira banda de Duke Ellington. Basie conheceu muitos músicos famosos do cenário do jazz do Harlem na época, como James P. Johnson e Willie Smith, "o Leão" do piano.[1]

Basie excursionou em vários shows entre 1925 e 1927, que o levaram para Kansas City, St. Louis, Nova Orleans e Chicago. Em uma dessas viagens, ele conheceu muitos músicos, incluindo Louis Armstrong. Como pianista, músico e até diretor de artistas, ele trabalhou em vários shows e circuitos de vaudeville, o que foi crucial para sua carreira posterior.[4]

Seu primeiro emprego fixo foi em 1925 no Leroy's, como pianista. O lugar era famoso por seus concursos ao piano e por receber as celebridades da região. Lá conheceu Fats Waller, organista no Lincoln Theatre do Harlem e que fazia o acompanhamento de filmes mudos. Foi com ele que Basie aprendeu a tocar órgão e chegou a tocar o instrumento no Eblon Theater, em Kansas City.[5] Precisou contar com a ajuda de amigos para poder pagar as contas e aproveitou para conhecer outros músicos e aprender novas técnicas ao piano.[1]

Em 1928, Basie estava em Tulsa, onde assistiu a um show de Walter Page e sua famosa banda, Oklahoma City Blue Devils, uma das primeiras big bands, com Jimmy Rushing nos vocais. Meses depois, foi convidado a integrar a banda, que tocava principalmente no Texas e em Oklahoma. Foi por volta dessa época que ele começou a ser chamado de "Count" (conde) Basie, como referência à "realeza" do jazz.[1]

Basie se casou com Vivian Lee Winn, em Kansas City, em 21 de julho de 1930. Em algum momento de 1935, o casal se divorciou. Basie voltou um pouco antes do divórcio para Nova Iorque, onde se mudou para Manhattan. Em 13 de julho de 1940, ele se casou com Catherine Morgan, em Seattle. Em 1942, o casal se mudou para o Queens. A única filha do casal, Diane, nasceu em 6 de fevereiro de 1944 com paralisia cerebral. Os médicos disseram que ela nunca andaria. Mas o casal não desistiu da filha, que recebeu cuidados médicos e fisioterapia, e não apenas aprendeu a andar como também a nadar.[6]

Em 11 de abril de 1983, Catherine morreu devido a um problema cardíaco na residência do casal em Freeport, nas Bahamas, aos 67 anos.[1]

Basie morreu em 26 de abril de 1984, em Hollywood, na Flórida, aos 79 anos, devido a um câncer de pâncreas.[5] Ele foi sepultado no Cemitério Parque Memorial de Pinelawn, em East Farmingdale, condado de Suffolk, em Nova Iorque.[7]

Count Basie fez a maioria de seus álbuns com sua big band. Veja a Count Basie Orchestra.

De 1929 a 1932, Basie fez parte da Kansas City Orchestra de Bennie Moten:

Com Eddie Lockjaw Davis

Com Harry Edison

com Benny Goodman

Com Jo Jones

Com Joe Newman

Com Paul Quinichette

Com Lester Young

  • Policy Man (1938)[8]
  • Hit Parade of 1943 (1943) – como ele mesmo
  • Top Man (1943) – como ele mesmo
  • Sugar Chile Robinson, Billie Holiday, Count Basie and His Sextet (1950) – como ele mesmo
  • Jamboree (1957)
  • Cinderfella (1960) – como ele mesmo
  • Sex and the Single Girl (1964) – como ele mesmo com sua orquestra
  • Blazing Saddles (1974) – como ele mesmo com sua orquestra
  • Last of the Blue Devils (1979) – entrevista e concerto da orquestra em documentário sobre a música de Kansas City

Referências

  1. a b c d e f g h Basie, Count (2000). Good Morning Blues:The Autobiography of Count Basie. [S.l.]: Paladin Grafton Books. pp. 416 páginas. ISBN 0-586-08638-2 
  2. Basie, Count (1985). Good Morning Blues: The Autobiography of Count Basie. [S.l.]: Paladin Grafton Books. p. 25. ISBN 0-586-08638-2 
  3. «Biography - Count Basie». Rutgers University. Consultado em 17 de junho de 2020 
  4. «JAZZ A film by Ken Burns». PBS. Consultado em 16 de junho de 2020 
  5. a b John S. Wilson, ed. (27 de abril de 1984). «On This Day: Count Basie, 79, Band Leader And Master of Swing, Dead». The New York Times. Consultado em 16 de junho de 2020 
  6. Eagle Rock Productions (ed.). «Count Basie: Through his own eyes». IMDb. Consultado em 16 de junho de 2020 
  7. «Count Basie». Find a Grave. Consultado em 16 de junho de 2020 
  8. Koszarski, Richard (2008). Hollywood on the Hudson: Film and Television in New York from Griffith to Sarnoff (em inglês). [S.l.]: Rutgers University Press. 376 páginas. ISBN 978-0-8135-4293-5 

Ligações externas

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