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Nuno Leal Maia

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Nuno Leal Maia

Nuno em 2011
Nome completo Nuno Leal Maia
Nascimento 17 de outubro de 1947 (77 anos)
Santos, SP
Nacionalidade brasileiro
Ocupação
Período de atividade 1963–presente

Nuno Leal Maia (Santos, 17 de outubro de 1947) é um ator e treinador de futebol brasileiro. Graduado em artes cênicas na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, seu primeiro trabalho foi em 1973, participando dos dois longas Anjo Loiro e A Virgem; contudo, foi no filme Ato de Violência, no qual viveu um presidiário que esquartejava mulheres, lhe garantiu o Prêmio Air France de Melhor Ator. Por outro lado, sua estreia na televisão deu-se início em 1976, interpretando Acioli na telenovela Estúpido Cupido; mas a consagração só veio em 1984, como Bertazzo em Vereda Tropical, sendo eleito Melhor Ator pelo Troféu APCA.

Na televisão, teve papéis em destaque como o protagonista Fábio em A Gata Comeu, Tony Carrado em Mandala, Gaspar em Top Model, Jurandir em Vamp, Assunção em História de Amor, além de ter interpretado o professor Paulo Pasqualete nas temporadas de Malhação entre 1999 a 2001, assim como, de 2003 a 2006. Por outro lado, Nuno também já atuou em diversos filmes na década de 1970 e 1980, mas foi em Louco de Amor, longa de 1994, que o mesmo foi premiado no Festival de Brasília, na categoria de Melhor Ator.

Durante o auge da carreira artística, Nuno Leal Maia também atuou como treinador de futebol, exercendo a função em clubes como São Cristóvão, Botafogo da Paraíba, Londrina e Sociedade Esportiva Matsubara. O ator conciliava os treinos no Londrina com as gravações da telenovela História de Amor, o que não agradava os funcionários da Rede Globo.

Carreira como treinador de futebol

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Nascido em Santos, Nuno se tornou jogador de futebol em 1963, aos 15 anos, chegando a jogar pelo juvenil do Santos Futebol Clube, do qual é torcedor.[1] Para seguir carreira, estudou artes cênicas na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.[2]

No entanto, em 1988, durante o auge da carreira do ator na ficção, após ter realizado diversos trabalhos no cinema e televisão nas décadas de 1970 e 1980, tornou-se gestor de futebol do Bangu; segundo Maia, seu papel como Tony Carrado na telenovela Mandala o fez reencontrar com a modalidade e disse: "Foi porque eu fazia um bicheiro em uma novela, e lá no Bangu estavam o Castor (de Andrade) e o Carlinhos Maracanã. Mas, na verdade, no Bangu eu ficava mais com o Neco, que era diretor. Eles gostavam de exibir como um "bicheiro", não era eu quem decidia as contratações."[2]

Em 1993, foi treinador do São Cristóvão, do Rio de Janeiro, mas o resultado não foi positivo, uma vez que muitos jogadores deixaram o clube, transferindo-se para o Vasco da Gama, quando o mesmo treinou o time. No ano seguinte, foi para o Botafogo da Paraíba, assim como, levou o ator Romeu Evaristo para auxiliá-lo.[2]

Em 1996, treinou o Londrina, terminando na oitava colocação do campeonato paranaense.[2] Contudo, o mesmo teve que deixar a função de treinador do clube, uma vez que o mesmo já conciliava as gravações da telenovela História de Amor (o que não agradava os profissionais da Rede Globo) com os treinos – este último, nos intervalos da trama.[2] Por outro lado, bom desempenho no Londrina lhe garantiu um trabalho na Sociedade Esportiva Matsubara, também do Paraná, porém Nuno Leal Maia alegou que o presidente do clube vendia diversos jogos, o que impedia de ter jogadores para realizar os treinos.[2]

Em 2011, se afastou temporariamente da televisão para cuidar da mãe com Alzheimer.[3][4]

Carreira na televisão

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Nuno Leal Maia fez par romântico com a atriz Christiane Torloni em A Gata Comeu (1985).

Estreou na televisão em 1976 interpretando Acioli na telenovela Estúpido Cupido, da Rede Globo.[5] Quatro anos depois, transferiu-se para Rede Bandeirantes para viver Edmar em Pé de Vento.[6] Em 1983, voltou para a emissora global como Renan em Champagne.[7] No entanto, seu primeiro papel de destaque veio no ano seguinte, dando vida ao Bertazzo em Vereda Tropical, personagem que lhe garantiu o Troféu APCA de Melhor Ator.[8][9]

Em 1985, foi protagonista na telenovela A Gata Comeu como Fábio, que fez par romântico com a atriz Christiane Torloni na trama.[10] No ano seguinte, transferiu-se para Rede Manchete para interpretar o comissário de bordo Bruno em Novo Amor.[11] Em 1987, retornou para Rede Globo como Tony Carrado em Mandala, lembrado pelo bordão "minha deusa", voltando à emissora anterior novamente para viver Júlio na minissérie A Rainha da Vida.[12][13][14] Dois anos mais tarde, concluiu aquela década em Top Model como Gaspar.[15]

Em 1991, interpretou Carlos Zanata na minissérie Meu Marido e logo em seguida, foi Jurandir na telenovela Vamp.[16][17] No ano seguinte, deu vida ao Delegado Laíre em Pedra sobre Pedra.[18] Entre 1993 e 1994, foi Ari e o advogado Osmar nas obras Contos de Verão e Pátria Minha, respectivamente.[19][20] Em 1995, encarnou o ginecologista Dr. Alceu em Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, além de viver Assunção em História de Amor.[21][22] Em 1997, deu vida ao Guima na telenovela O Amor Está no Ar.[23] Posteriormente, foi Inácio em Meu Bem Querer e estreou na sexta temporada de Malhação, como professor Paulo Pasqualete, estando presente também na sétima temporada da série.[24][25][26]

Seu primeiro trabalho no século XXI foi numa participação especial no programa Sai de Baixo, no episódio "Em Algum Lugar Mal Passado", como Brigadeiro.[27] No ano seguinte, participou da telenovela O Clone, no papel de Jorge Luís e esteve na minissérie O Quinto dos Infernos como Castro.[28][29] Em 2003, foi Honório Castro em Agora É Que São Elas até retornar como o professor Paulo Pasqualete por mais quatro anos da série Malhação, entre a décima até a décima terceira temporada, de maneira consecutiva.[26][30]

Em 2006, foi Alceu na telenovela O Profeta.[31] No ano seguinte, deu vida a Bernardo em Duas Caras.[32] Em 2010, participou da reta final de Caras & Bocas como Nilo e, posteriormente, foi o professor Cassiano em Ti Ti Ti.[33][34] Entre 2012 e 2013, interpretou os personagens Ribamar e Augusto em Amor Eterno Amor e Malhação: Intensa como a Vida, respectivamente.[35][36]

Em 2017, participou da série da Disney Channel Brasil intitulado Juacas, interpretando o professor de surfe Juaca, durante duas temporadas.[37] Três anos mais tarde, foi escalado para a obra Filhas de Eva.[38]

Carreira no cinema

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Estreou em 1973 participando dos longas Anjo Loiro e A Virgem.[39][40] Dois anos depois, esteve em Cada Um Dá o Que Tem.[41] Em 1976, trabalhou em duas obras, intitulados Chão Bruto e O Quarto da Viúva.[42][43] Esse número aumentaria no ano posterior com Gente Fina É Outra Coisa, Elas São do Baralho e Paranoia.[44][45][46]

Em 1978, interpretou o personagem principal de A Dama do Lotação, filme que foi recorde de público.[47] Uma das obras de destaque na década de 1980 foi no longa Ato de Violência, quando deu vida a um presidiário que esquartejava mulheres; personagem que lhe garantiu o Prêmio Air France de Melhor Ator.[47] Nos anos de 1981 e 1982, esteve em Mulher Objeto, Ao Sul do Meu Corpo e Índia, a Filha do Sol.[48] No dois anos posteriores, participou dos longas Gabriela e Águia na Cabeça.[48] Em 1985 e 1987, trabalhou nos longas O Rei do Rio, O Beijo da Mulher Aranha e As Sete Vampiras.[48] Posteriormente, voltaria às telonas em Solidão, Uma Linda História de Amor.[48]

Em 1993, participou do filme O Escorpião Escarlate.[49] Quatro anos mais tarde, esteve no filme Louco por Cinema, papel que lhe premiou no Festival de Brasília como Melhor Ator.[50] No ano seguinte, esteve na produção de As Feras.[51] Em 2005, voltou para as telonas em Um Lobisomem na Amazônia. Três anos mais tarde, trabalhou em Onde Andará Dulce Veiga?, retornando ao cinema em 2013 no longa Tainá - A Origem.[52]

Ano Título Personagem Notas
1972 Dom Camilo e os Cabeludos Miguel
1976 Estúpido Cupido Pedro Casimiro Acioli (Acioli)
Planeta dos Homens Vários Personagens
1980 Pé de Vento Edmar Aleixo Sobrinho (Pé de Vento)
1983 Champagne Renan Prado da Silva
1984 Vereda Tropical Mário Bertazzo (Bertazzo)
1985 A Gata Comeu Fábio Coutinho
1986 Novo Amor Bruno Farias Cunha
1987 A Rainha da Vida Júlio Andrade Viana
Mandala Antônio Carrado (Tony Carrado)
1989 Top Model Gaspar Kundera
1991 Meu Marido Carlos Zanata
Vamp Jurandir Figueira (Padre Garotão)
1992 Pedra sobre Pedra Delegado Laíre Flores Episódios: "25 de junho–1 de agosto"
1993 Contos de Verão Ariclenes Machado Alves (Ary)
1994 Pátria Minha Osmar Fernandes Lins
1995 Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados Dr. Alceu
História de Amor Edgar Assunção (Assunção)
1997 O Amor Está no Ar Alcebíades Guimarães Ribeiro (Guima)
1998 Meu Bem Querer Inácio Alves Serrão
1999 Suave Veneno Felisberto Morel (Gato)
1999–01 Malhação Prof. Paulo Pasqualete Temporadas 67
2003–06 Temporadas 1013
2001 Sai de Baixo Coronel Salão Episódio: "Em Algum Lugar Malpassado"
2002 O Quinto dos Infernos Visconde de Castro
O Clone Jorge Luís Moraes Episódios: "1–14 de junho"
2003 Agora É que São Elas Honório Castro
2006 O Profeta Alceu Carvalho
2007 Duas Caras Bernardo da Conceição
2008 Faça Sua História Passageiro Episódio: "A Falta que Ela me Faz"
2010 Caras & Bocas Nilo Episódio: "6 de janeiro"
2011 Ti Ti Ti Cassiano Guedes / Victor Valentim (real) Episódios: "17–20 de março"
2012 Amor Eterno Amor Ribamar
2013 Malhação: Intensa como a Vida Augusto Massafera Episódio: "22 de março"
2017–19 Juacas Augusto Juaca
2019 Chuteira Preta Jair[53]
2021 Bugados Matusalink[54] Episódio: "7"
  • 1976 - Pano de Boca
  • 1970 - Hair

Referências

  1. Pereira, Edilson (1.º de setembro de 2014). «No Londrina, Serginho encarou a aventura mais hilária de sua vida». Paraná Online. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  2. a b c d e f Faustini, Vinícius (17 de outubro de 2017). «Nuno Leal Maia relembra carreira em campo e dá palpites sobre novos rumos do futebol». Lance!. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  3. «Nuno Leal Maia dispensa trabalho em novelas da Globo para poder cuidar da mãe». Consultado em 23 de abril de 2016. Arquivado do original em 26 de abril de 2016 
  4. «Pé de Vento». Teledramaturgia 
  5. Xavier, Nilson. «Estúpido Cupido». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  6. «Uma novela que pretende inovar». Jornal do Brasil: 7. 2 de janeiro de 1980. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  7. Campos, Cidinha (16 de novembro de 1983). «Cochiladas». Correio Braziliense. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  8. Campos, Cidinha (25 de julho de 1984). «"Vereda Tropical" estreia muito bem». O Fluminense. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  9. Xavier, Nilson. «APCA». Teledramaturgia. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  10. Campos, Cidinha (13 de abril de 1985). «"A Gata Comeu" estreia dia 15». O Fluminense. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  11. Ramos, Carlos (29 de junho de 1986). «Sou um parafuso no meio da engrenagem». Tribuna da Imprensa. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  12. Orsini, Elizabeth (11 de novembro de 1987). «Um bicheiro delicado e romântico». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  13. Roels Jr., Reynaldo (16 de novembro de 1987). «Amor proibido no Ceará». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  14. «Incesto e paranormalidade marcaram a novela "Mandala"». Folha de S.Paulo. 14 de maio de 2000. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  15. Camargo, Maria Silvia (17 de setembro de 1989). «Um clichê com jeito de Zezé». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  16. Cezimbra, Marcia (14 de março de 1991). «TVs iniciam guerra das minisséries». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  17. «Padre bandido agita novela 'Vamp'». Jornal do Brasil. 27 de outubro de 1991. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  18. Uchôa, Cláudio (20 de junho de 1992). «Delegado charmoso abala Resplendor». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  23. Netto, Ferreira (16 de junho de 1997). «Bate-rebate». Tribuna da Imprensa. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  25. Netto, Ferreira (18 de outubro de 1999). «Bate-rebate». Tribuna da Imprensa. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  27. Netto, Ferreira (14 de maio de 2001). «Gravação 2». Tribuna da Imprensa. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  29. Netto, Ferreira (30 de janeiro de 2002). «Bate-rebate». Tribuna da Imprensa. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  37. Guaraldo, Luciano (3 de julho de 2017). «Sem convite para novela, Nuno Leal Maia volta a viver surfista após 28 anos». Notícias da TV. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  38. «Nuno Leal Maia e Renata Sorrah farão par romântico na série "Filhas de Eva"». Notícias de TV. 17 de agosto de 2019. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  39. «Filmografia - Anjo Loiro». Cinemateca brasileira. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  40. Azeredo, Ely (14 de abril de 1974). «A virgem». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  42. Azeredo, Ely (3 de março de 1978). «Volta Altan com três mulheres». Jornal do Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  45. «Filmografia - Elas São do Baralho». Cinemateca brasileira. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  48. a b c d «Nuno Leal Maia». Cineplayers. Consultado em 20 de agosto de 2020 
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  52. Guaratto, Natália (23 de janeiro de 2013). «Aos 65, Nuno Leal Maia faz avô em "Tainá: A Origem" e diz que ainda falta gay e argentino». UOL Entretenimento. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  53. Santana, Greicehelen (13 de julho de 2019). «Chuteira Preta: Márcio Kieling e Nuno Leal Maia estrelam série que denúncia o submundo do futebol». Observatório da TV. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  54. Cristiane Rodrigues (15 de setembro de 2021). «Nuno Leal Maia volta à TV como um mago em 'Bugados': 'Tenho orgulho da trajetória que percorri até aqui'». Gshow. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  55. «As Feras». Brasil: Adoro Cinema. Consultado em 23 de abril de 2021 

Precedido por
José Mayer
por Perfume de Gardênia
Troféu Candango de Melhor Ator
por Louco por Cinema

1994
Sucedido por
Fernando Eiras
por O Mandarim

Ligações externas

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