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Paulistinha CAP-4

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Paulistinha P-56 / CAP-4
Avião
Paulistinha CAP-4
Paulistinha no Museu TAM
Descrição
Tipo / Missão Treinamento/Turismo
País de origem Brasil
Fabricante Companhia Aeronáutica Paulista
Quantidade produzida 1149
Primeiro voo em 1941 (83 anos)
Tripulação 2
Especificações
Dimensões
Comprimento 6,76 m (22,2 ft)
Envergadura 10,76 m (35,3 ft)
Altura 2,08 m (6,82 ft)
Peso(s)
Peso vazio 434 kg (957 lb)
Propulsão
Motor(es) Avco Lycoming O - 235 - N2A, Continental C90 8F, de 90 hp, Continental C90 14F, também de 90 hp, Lycoming O235B, de 100 hp, Lycoming de 115 hp e Lycoming O320, de 150 hp[1]
Potência (por motor) 103 hp (76,8 kW)
Performance
Velocidade máxima 220 km/h (119 kn)
Velocidade de cruzeiro 137 km/h (74,0 kn)
Alcance (MTOW) 263 km (163 mi)

O Paulistinha CAP-4 é um avião monomotor a pistão, de asa alta, desenvolvido e fabricado pela Companhia Aeronáutica Paulista, nos modelos CAP-4,[2] e posteriormente pela Neiva, no modelo P-56 C.

É considerada uma das aeronaves treinadoras de maior sucesso no Brasil, tendo formado diversas gerações de pilotos. Seu projeto foi coordenado por Romeu Corsini, da USP. Em 1955, a Neiva adquiriu os direitos de fabricação, lançando uma versão batizada de Paulistinha 56 ou Neiva 56, esta operada pela Força Aérea Brasileira, entre 1959 e 1967.[3]

É um avião monomotor de asa alta, semi-cantiléver, de madeira revestida em tela e fuselagem em tubos de aço, também com revestimento em tela, trem de pouso fixo convencional, hélice de passo fixo e acomodação para dois pilotos em tandem.[4]

O Paulistinha CAP-4, surgiu na verdade em meados da década de 1930 como um projeto da Empresa Aeronáutica Ypiranga (EAY) como uma cópia não licenciada do Taylor Cub movido por um motor radial Salmson AD.[5] O EAY Ypiranga apresentava uma asa alta reforçada, dois assentos em tandem, cabine fechada e uma fuselagem de tubos de aço com cobertura de tecido. A roda do trem de pouso traseiro não era retrátil.

A EAY já havia construído cinco exemplares na época em que a empresa foi adquirida pela Companhia Aeronáutica Paulista (CAP) em 1942. A CAP continuou fabricando o modelo com a designação CAP-4.[6]

Esse modelo teve grande sucesso, com cerca de 800 unidades sendo produzidas para aeroclubes e forças armadas do Brasil, bem como para exportação para Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Portugal. No momento do pico de produção em 1943, um novo CAP-4 saía da fábrica todos os dias e a produção continuou até 1948.[7]

Em 1956, a Indústria Aeronáutica Neiva (NEIVA) adquiriu os direitos renomeando-o para P-56 Paulistinha,[8] o projeto foi usado na década de 1960 como base para uma aeronave agrícola, o P-56 Agrícola, acrescentando um funil químico de fibra de vidro e "spraybars", mas não foi possível competir com aeronaves agrícolas importadas e especialmente construídas.

  1. Turismo e Instrução Primária
  2. Reboque de planadores

Configuração

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Os dados a seguir foram coletados de manuais de aeroclubes e fabricantes.[9][10]

Pesos operacionais máximos

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Peso máximo de decolagem na categoria normal 660 kg
Peso máximo de decolagem na categoria utilidade 587 kg
Peso básico vazio 434 kg
Peso máximo no bagageiro 35 kg

Normalmente a tripulação consiste em um piloto no assento dianteiro (ou traseiro, dependendo da versão).

Comandos de voo

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Superfícies primárias

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Superfícies secundárias

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  • Compensador do profundor
  • Alavanca localizada a esquerda da cabine entre os dois assentos com indicador de posição.

Em sua versão básica, a aeronave é equipada com os seguintes instrumentos no painel (da esquerda para a direita)

O velocímetro e o altímetro têm suas tomadas de pressão estática localizadas dentro da própria cabine[nota 1]. A tomada de pressão total do velocímetro está fixada no estal do montante sob o bordo de ataque da asa direita.

Notas

  1. O que causa variação significativa nas indicações de velocidade e altitude caso a janela seja aberta durante o voo.

Referências

  1. «O Paulistinha - O avião mais popular do Brasil». Consultado em 14 de Julho de 2010 
  2. «O Proverbial e Inesquecível Paulistinha - Breve testemunho particular». Consultado em 14 de Julho de 2010 
  3. Valdemar Júnior (1 de janeiro de 2008). «O Paulistinha». aviacaopaulista.com. Consultado em 30 de outubro de 2021 
  4. «Vencendo o Azul - A História da Indústria e Ttecnologia Aeronáuticas - A Companhia Aeronáutica Paulista». museutec.org.br. 24 de novembro de 2002. Consultado em 1 de novembro de 2021 ]
  5. «Fritz Roesler». captain.lucyl.nom.br. Consultado em 30 de outubro de 2021 
  6. «CAP Paulistinha». www.naval.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2021 
  7. Boyne, Walter J.; Fopp, Michael (2002). Air Warfare: an International Encyclopedia: A-L (em inglês) ilustrada ed. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 103. 771 páginas. ISBN 978-1-57607-345-2. Consultado em 30 de outubro de 2021 
  8. «A história do Paulistinha CAP 4 e P 56 – ACADEMIA». Consultado em 30 de outubro de 2021 
  9. Aeroclube de Sorocaba (Junho de 2013). Manual de Operações e Padronização. CAP-4 (Paulistinha) 1 ed. Sorocaba, SP - Brasil: Aeroclube de Sorocaba. p. 25. 79 páginas. Consultado em 1 de novembro de 2021 
  10. Aeromot - Aeronaves e Motores Ltda. (1985). Neiva Paulistinha P56R/84. Suplemento do manual de operação aprovado pelo CTA. Porto Alegre, RS - Brasil: [s.n.] 33 páginas 

Ligações externas

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