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Os camaiurás (também kamaiurás ou kamayurás) constituem uma etnia indígena brasileira. Habitantes do Parque Indígena do Xingu, às margens da zona de confluência entre dois importantes rios da micro-bacia xinguana, os camaiurás pertencem ao grupo étnico e linguístico tupi-guarani, estando inseridos na zona cultural do Alto Xingu.

Os camaiurás possuem um sistema tradicional caracterizado pela heterogeneidade, fruto do intenso processo de matrimônio intertribal e dos enérgicos laços de coesão que mantém com outras sociedades indígenas do mesmo espaço geográfico.

Entre os indígenas do grupo, vigora um sistema de organização civil peculiar, caracterizado por um único complexo de imensas ocas comunitárias circularmente dispostas ao redor de um terreiro público. Tal espaço, formado a partir da convergência de quatro vias principais, destina-se à celebração dos ritos e tradições referentes à cosmologia do povo. As habitações, primordialmente constituídas por taquaras e palha, podem chegar a trinta metros de comprimento e abrigar várias famílias, segundo a ancestralidade que possuam.

A sociedade, embora rigidamente patriarcal, não menospreza o papel feminino, encarregando-as da tutela dos filhos, manutenção da ordem doméstica, plantio e colheita das raízes comestíveis e preparação dos alimentos, enquanto compete ao homem a obtenção protéica e a limpeza da roça na qual será plantada a mandioca.

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A história não está ligada ao homem, nem a qualquer objecto em particular. Consiste inteiramente no seu método; a experiência comprova que ele é indispensável para inventariar a integralidade dos elementos de uma estrutura qualquer, humana ou não humana. Longe portanto de a pesquisa da inteligibilidade resultar na história como o seu ponto de chegada, é a história que serve de ponto de partida para toda a busca de inteligibilidade. Assim como se diz de certas carreiras, a história leva a tudo, mas contanto que se saia dela.

— Claude Lévi-Strauss

Bracelete Kula da Ilha Nabwageta, Papua Nova Guiné. Foi a partir da observação das cerimônias envolvendo a circulação dos objetos kula que o antropólogo Bronisław Malinowski compreendeu que o valor destes objetos reside justamente na continuidade da transmissão. A posse provisória fornece prestígio e renome. Neste bracelete Kula é possível ver os nomes das pessoas que o possuíram.

• …que Gaín Pañan e a Origem da Pupunheira foi a primeira animação de caráter etnográfico realizada por uma universidade pública no Brasil?

• ...que o Parque Indígena do Xingu homologado em 1961 é composto de uma área de mais de 27 mil quilômetros quadrados habitada por mais de catorze etnias diferentes?

• ...que a Antropologia do Direito é uma área da Antropologia Social ou Cultural (ou Etnologia) voltada ao estudo das categorias que perpassam o saber jurídico: seus mecanismos de produção, reprodução e consumo. Busca identificar, classificar e analisar as formas como se organiza o "campo" jurídico - entendendo-se, aqui, a noção de "campo", como a apresentada na sociologia de Pierre Bourdieu?

• ...que um dos mais importantes antropólogos do século XX Franz Boas era físico e passou a se interessar pela antropologia depois de constatar que os Inuit (na imagem) possuem mais de uma dezena de formas de classificação relacionadas apenas às cores do gelo, uma evidência de que a percepção humana é culturalmente orientada não sendo portanto nem homogênea nem universal?

• 25 de Janeiro: Morre a antropóloga Rita Amaral, referência em Antropologia Urbana e Cyberespaço.
• 07 de Janeiro: Toma posse a nova diretoria da Associação Brasileira de Antropologia em Brasília/DF. A gestão é nomeada "Desafios Antropológicos"
• 10 de Dezembro: Morre o antropólogo mineiro Saul Alves Martins, aos 92 anos de idade.
• 30 de Outubro: Morre o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, aos 100 anos de idade.
• 26 de Outubro: Morre o antropólogo catarinense Sílvio Coelho dos Santos.
• 25 de Novembro: Tem início o Primeiro Encontro Internacional de Antropologia na cidade de San Cristóbal de las Casas, Chiapas (México). Leia mais...
• 1 de Julho: Famílias do povo Guarani sofrem repressão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul durante despejo. Leia mais...
• 26 de Junho:Audiência pública no Senado explicita grave falha nos processos que julgam indígenas. Leia mais...
• 24 de Junho: Aos 77 anos morre a antropóloga Ruth Cardoso em decorrência de problemas cardíacos.
• 4 de Junho: Termina a 26 Reunião Brasileira de Antropologia na cidade de Porto Seguro.
• 2 de Junho: Índios Kaingang ocupam posto da FUNAI em Passo Fundo e paralisam o tráfego da RS-343 a cada trinta minutos como protesto à morosidade da instituição na demarcação de seus territórios tradicionais entre as cidades de Sananduva e Cacique Doble, no norte do Rio Grande do Sul. Leia mais...

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