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Sibila de Conversano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sibila de Conversano
Duquesa consorte da Normandia
Reinado 11001103
Antecessor(a) Matilde de Flandres
Sucessor(a) Edite da Escócia
Morte 21 de março de 1103
  Ruão
Sepultado em Catedral de Ruão, França [1]
Esposo Roberto II da Normandia
Descendência Guilherme Clito, Conde de Flandres
Casa Altavila
Pai Godofredo de Conversano
Mãe Sichelgaita de Molise

Sibila de Conversano (m. fevereiro ou 21 de março de 1103)[2] foi uma rica herdeira italiana e duquesa consorte da Normandia, como a esposa de Roberto Curthose, duque de Normandia.

Era filha de Godofredo de Brindisi, Conde de Conversano (e uma sobrinha neta de Roberto Guiscard) e de Sichelgaita de Molise.[3][4] Durante o inverno de 1096 e 1097, enquanto Roberto Curthose estava em Apúlia aguardando transporte na Primeira Cruzada, provavelmente iniciou as negociações para se casar com a herdeira, Sibila de Conversano.[5] Orderico Vital afirma que Roberto "se apaixonou" por Síbila e promoveu o que o cronista chamou de "caráter verdadeiramente bom" e também escreveu que era "dotada de muitas virtudes e amável com todos que a conheciam".[nota 1][5] No retorno de Roberto da Cruzada, ambos se casaram em Apúlia[6] em 1100.[3]

Pouco depois de retornar à Normandia, empreenderam uma peregrinação ao Monte Saint-Michel para dar graças por seu retorno seguro da Cruzada.[7] É claro que os escritores da época foram completamente tomados por Síbila, elogiando tanto sua beleza e inteligência.[8] Durante a ausência de seu marido, Roberto de Torigni observou que a nova duquesa administrava a Normandia melhor do que o duque.[8] Em 25 de outubro de 1102, seu filho nasceu.[9] Foi nomeado Guilherme pelo Arcebispo Guilherme de Ruão que presidiu seu batismo, isto de acordo com Orderico.[9] Guilherme de Malmesbury sugeriu que foi nomeado em honra ao seu avô, Guilherme, o Conquistador.[9] Em 18 de março de 1103,[10] menos de seis meses após o nascimento de seu único filho, ela morreu em Ruão, Caux, e foi enterrada, em meio a tristeza universal, na igreja catedral. O Arcebispo Guilherme Bonne-Ame realizou os ritos funerários. Foi admirada e frequentemente elogiada pelos cronistas da época; Guilherme de Malmesbury afirma que ela morreu como resultado da ligação de seus seios com muita força, enquanto ambos Roberto de Torigni e Orderico Vital sugerem que foi assassinada por um grupo de nobres liderados pela amante do marido, Inês de Ribemont.[nota 2][11]

Roberto e Síbila tiveram um filho:

Notas

  1. É um pouco atípico de Orderico falar em louvor de uma mulher aristocrática desta maneira. Veja: Marjorie Chibnall, "Women in Orderic Vitalis', The Haskins Society Journal Studies in Medieval History, Volume 2 (1990), pp. 105-21.
  2. Inês de Ribemont era a viúva de Valter Giffard, 1.° Conde de Buckingham, e irmã de Anselmo de Ribemont, falecido em Cruzada. Ainda não está claro se ou até mesmo quando ela e Roberto tiveram um caso, mas a história diz que ela prometeu que, caso ele se casasse com ela, teria o apoio de sua poderosa família. Guilherme de Malmesbury amava uma boa história, mesmo que falsa; e em uma versão de sua Gesta Regum, credita a morte de Síbila à "dona" de Roberto, e em uma versão posterior, ele afirmou: "parteira". Contudo a possibilidade de que ela pudesse ter sido a amante de Roberto, continua a ser menos plausível que o duque permitir que sua nova esposa, a mãe de seu filho recém-nascido, fosse envenenada quando estava sentado de braços cruzados. Orderico pode ter visto tal história como mais uma prova de que Roberto Curthose era incapaz de governar a Normandia. Veja: William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), pp. 213-14. A misteriosa história também tem um problema cronológico no qual Inês de Ribemont não poderia sequer ter sido uma viúva no momento da morte de Síbila. Veja: Charles Wendell David, Robert Curthose (1920) pp. 146-7. De acordo com Europäische Stammtäfeln, III/4, Tafel 695, Valter morreu em 15 de julho de 1102.

Referências

  1. Find a Grave
  2. Foundation for Medieval Genealogy
  3. a b c Detlev Schwennicke, Europäische Stammtafeln: Stammtafeln zur Geschichte der Europäischen Staaten, Neue Folge, Band II (Marburg, Alemanha: Verlag von J. A. Stargardt, 1984), Tafel 81
  4. Charles Wendell David, Robert Curthose, Duke of Normandy (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1920), p. 146 ISBN 1-4326-9296-8
  5. a b William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), pp. 191-2
  6. François Neveux, The Normans, Trans. Howard Curtis (Londres: Constable & Robinson, Ltd., 2008), p. 174
  7. Ordericus Vitalis, The Ecclesiastical History of England and Normandy, Trans. Thomas Forester, Vol. III (Londres: Henry G. Bohn, 1854), p. 272
  8. a b C. Warren Hollister, Henry I (Yale University Press, New Haven & Londres, 2003), p. 180
  9. a b c William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), p. 212
  10. William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), p. 213
  11. Katherine Lack, Conqueror's Son: Duke Robert Curthose, Thwarted King (Sutton Publishing, 2007), p. 153 ISBN 978-0-7509-4566-0

Precedido por
Matilde de Flandres
Duquesa consorte da Normandia
11001102
Sucedido por
Edite da Escócia