Sibila de Conversano
Sibila de Conversano | |
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Duquesa consorte da Normandia | |
Reinado | 1100 – 1103 |
Antecessor(a) | Matilde de Flandres |
Sucessor(a) | Edite da Escócia |
Morte | 21 de março de 1103 |
Ruão | |
Sepultado em | Catedral de Ruão, França [1] |
Esposo | Roberto II da Normandia |
Descendência | Guilherme Clito, Conde de Flandres |
Casa | Altavila |
Pai | Godofredo de Conversano |
Mãe | Sichelgaita de Molise |
Sibila de Conversano (m. fevereiro ou 21 de março de 1103)[2] foi uma rica herdeira italiana e duquesa consorte da Normandia, como a esposa de Roberto Curthose, duque de Normandia.
Vida
[editar | editar código-fonte]Era filha de Godofredo de Brindisi, Conde de Conversano (e uma sobrinha neta de Roberto Guiscard) e de Sichelgaita de Molise.[3][4] Durante o inverno de 1096 e 1097, enquanto Roberto Curthose estava em Apúlia aguardando transporte na Primeira Cruzada, provavelmente iniciou as negociações para se casar com a herdeira, Sibila de Conversano.[5] Orderico Vital afirma que Roberto "se apaixonou" por Síbila e promoveu o que o cronista chamou de "caráter verdadeiramente bom" e também escreveu que era "dotada de muitas virtudes e amável com todos que a conheciam".[nota 1][5] No retorno de Roberto da Cruzada, ambos se casaram em Apúlia[6] em 1100.[3]
Pouco depois de retornar à Normandia, empreenderam uma peregrinação ao Monte Saint-Michel para dar graças por seu retorno seguro da Cruzada.[7] É claro que os escritores da época foram completamente tomados por Síbila, elogiando tanto sua beleza e inteligência.[8] Durante a ausência de seu marido, Roberto de Torigni observou que a nova duquesa administrava a Normandia melhor do que o duque.[8] Em 25 de outubro de 1102, seu filho nasceu.[9] Foi nomeado Guilherme pelo Arcebispo Guilherme de Ruão que presidiu seu batismo, isto de acordo com Orderico.[9] Guilherme de Malmesbury sugeriu que foi nomeado em honra ao seu avô, Guilherme, o Conquistador.[9] Em 18 de março de 1103,[10] menos de seis meses após o nascimento de seu único filho, ela morreu em Ruão, Caux, e foi enterrada, em meio a tristeza universal, na igreja catedral. O Arcebispo Guilherme Bonne-Ame realizou os ritos funerários. Foi admirada e frequentemente elogiada pelos cronistas da época; Guilherme de Malmesbury afirma que ela morreu como resultado da ligação de seus seios com muita força, enquanto ambos Roberto de Torigni e Orderico Vital sugerem que foi assassinada por um grupo de nobres liderados pela amante do marido, Inês de Ribemont.[nota 2][11]
Família
[editar | editar código-fonte]Roberto e Síbila tiveram um filho:
- Guilherme Clito (1102 — 28 de Julho de 1128), Conde de Flandres.[3]
Notas
- ↑ É um pouco atípico de Orderico falar em louvor de uma mulher aristocrática desta maneira. Veja: Marjorie Chibnall, "Women in Orderic Vitalis', The Haskins Society Journal Studies in Medieval History, Volume 2 (1990), pp. 105-21.
- ↑ Inês de Ribemont era a viúva de Valter Giffard, 1.° Conde de Buckingham, e irmã de Anselmo de Ribemont, falecido em Cruzada. Ainda não está claro se ou até mesmo quando ela e Roberto tiveram um caso, mas a história diz que ela prometeu que, caso ele se casasse com ela, teria o apoio de sua poderosa família. Guilherme de Malmesbury amava uma boa história, mesmo que falsa; e em uma versão de sua Gesta Regum, credita a morte de Síbila à "dona" de Roberto, e em uma versão posterior, ele afirmou: "parteira". Contudo a possibilidade de que ela pudesse ter sido a amante de Roberto, continua a ser menos plausível que o duque permitir que sua nova esposa, a mãe de seu filho recém-nascido, fosse envenenada quando estava sentado de braços cruzados. Orderico pode ter visto tal história como mais uma prova de que Roberto Curthose era incapaz de governar a Normandia. Veja: William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), pp. 213-14. A misteriosa história também tem um problema cronológico no qual Inês de Ribemont não poderia sequer ter sido uma viúva no momento da morte de Síbila. Veja: Charles Wendell David, Robert Curthose (1920) pp. 146-7. De acordo com Europäische Stammtäfeln, III/4, Tafel 695, Valter morreu em 15 de julho de 1102.
Referências
- ↑ Find a Grave
- ↑ Foundation for Medieval Genealogy
- ↑ a b c Detlev Schwennicke, Europäische Stammtafeln: Stammtafeln zur Geschichte der Europäischen Staaten, Neue Folge, Band II (Marburg, Alemanha: Verlag von J. A. Stargardt, 1984), Tafel 81
- ↑ Charles Wendell David, Robert Curthose, Duke of Normandy (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1920), p. 146 ISBN 1-4326-9296-8
- ↑ a b William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), pp. 191-2
- ↑ François Neveux, The Normans, Trans. Howard Curtis (Londres: Constable & Robinson, Ltd., 2008), p. 174
- ↑ Ordericus Vitalis, The Ecclesiastical History of England and Normandy, Trans. Thomas Forester, Vol. III (Londres: Henry G. Bohn, 1854), p. 272
- ↑ a b C. Warren Hollister, Henry I (Yale University Press, New Haven & Londres, 2003), p. 180
- ↑ a b c William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), p. 212
- ↑ William M. Aird, Robert Curthose Duke of Normandy (Woodbridge: The Boydell Press, 2008), p. 213
- ↑ Katherine Lack, Conqueror's Son: Duke Robert Curthose, Thwarted King (Sutton Publishing, 2007), p. 153 ISBN 978-0-7509-4566-0
Precedido por Matilde de Flandres |
Duquesa consorte da Normandia 1100 – 1102 |
Sucedido por Edite da Escócia |